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7 LIÇÕES DE LIDERANÇA DO PAPA FRANCISCO

Atualizado: 18 de set. de 2020

Se o pontífice fosse CEO, ele seria um excelente gerenciador de crises, segundo especialista. Saiba quais atitudes do argentino são úteis para você



Desde que assumiu o pontificado, em março de 2013, o papa Francisco vem despertando a atenção de muitas pessoas, católicos ou não. Diferentemente de seus antecessores, o argentino Jorge Mario Bergoglio prega a humildade e o respeito a algumas crenças e costumes condenados pela Igreja.


Se Francisco fosse o diretor de uma empresa, ele estaria fazendo um ótimo trabalho de gerenciamento de crise. Essa é a opinião de Jeffrey A. Krames, autor do livro "Liderar com humildade: 12 lições de liderança do papa Francisco", ainda sem tradução no Brasil.

Segundo Krames, a liderança de Francisco tem características que podem ser aplicadas a qualquer negócio.


Confira algumas lições do papa para a sua empresa, extraídas do livro e publicadas na "Inc":


1) Atinja quem não é seu cliente

Um dos mantras do mundo corporativo diz que o importante para quem quer crescer não é entender seu cliente, mas as pessoas que ainda não compram seu produto ou serviço. Francisco se mostrou adepto dessa estratégia. Mesmo sendo o líder de 1,2 bilhão de pessoas – o que poderíamos chamar de uma grande "base de clientes" –, o papa fez questão de dizer que não é necessário ser católico para ir ao Céu. O impacto da frase poderia levar muitos católicos à ira, mas repercutiu de forma mais ampla.


2) Reinvente sua empresa

Até agora, Francisco não teve receio em propor mudanças significativas na organização da Igreja. Ele inclusive acenou com a possibilidade de aceitar homens casados como sacerdotes. "O papa está analisando quase toda as alas dentro da Igreja, com o objetivo de tornar a religião mais inclusiva", diz Kramer. Segundo o autor, essa vontade de mudar é comum entre vários líderes. "Eles não têm medo da reestruturação e conseguem fazer as companhias superar crises econômicas seguidas ", afirma. 


3) Seja paciente

Apesar de se mostrar aberto ao diálogo, Francisco não faz mudanças abruptas, ainda mais em uma instituição milenar. Segundo Krames, as mudanças de longo prazo são mais assertivas e o papa mostra estar "analisando o terreno" antes de tomar atitudes disruptivas.

4) Vá a campo

Segundo o especialista, Francisco não gosta dos clérigos de perfil burocrata, que ficam apenas no escritório assinando papéis. "Quando era bispo na Argentina, Bergoglio tinha o hábito de ir para a rua falar com as pessoas e estimula os sacerdotes a fazer o mesmo", diz. Ao "ir a campo", Francisco percebe o que é bem visto, assim como o que pode ser mudado, diretamente dos seguidores da Igreja.


5) Tenha conselheiros

Francisco gosta de consultar e tomar decisões após ouvir alguns conselheiros – notadamente os participantes do V8, grupo de cardeais influentes de todo o mundo. Além de ouvir diferentes opiniões, o papa mostra que os cardeais são importantes para a organização, o que os estimula a trabalhar.


6) Dê o exemplo

A expressão "faça o que eu digo e não faça o que eu faço" é dita e repetida por chefes por aí. No entanto, não é difícil perceber o quão ineficaz é uma postura desse tipo para uma equipe. Para Francisco, o importante é dar o exemplo. Quando era arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio recrutou padres para ir a favelas da cidade. Em vez de despachar os sacerdotes, fez questão de acompanhá-los. Em um determinado momento, um dos padres criticou um traficante e foi ameaçado de morte. Para proteger o clérigo, o então arcebispo fez questão de ir à favela, quase que se oferecendo como alvo. "Nada aconteceu e nenhum dos padres jamais foi ameaçado de novo", afirma Krames.


7) Coloque as metas da empresa acima das suas

O objetivo de grande parte de quem cria o próprio negócio é ter dinheiro. No entanto, essa meta é intimamente relacionada ao bom desempenho da empresa. Em muitos casos, o empreendedor precisa renunciar ao próprio bem-estar para fazer seu projeto engrenar.

Assim como os empreendedores mais resilientes, Francisco renunciou às suas próprias metas pelo que achou ser melhor para a Igreja. Em 2005, quando Joseph Ratzinger foi escolhido como o papa Bento XVI, o então cardeal Bergoglio era o único a ameaçar a eventual eleição do alemão. Em vez de fazer campanha para acirrar a disputa, o argentino fez questão de fazer campanha para Ratzinger. Assim como aconteceu com Bergoglio, que virou papa, o sacrifício pode trazer frutos no futuro. Lembre-se disso.


Texto publicado originalmente em (https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/08/7-licoes-de-lideranca-do-papa-francisco.html)

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